quarta-feira, 17 de junho de 2009

DIPLOMA UNIVERSITÁRIO NÃO É MAIS NECESSÁRIO PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE JORNALISTA

O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) Sérgio Murillo, considerou um “prejuízo imenso e histórico” para a categoria a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O Ministério do Trabalho não pode mais exigir o diploma para conceder registro de jornalista a qualquer cidadão.

“Aparentemente, não precisa de nenhum critério. Inclusive pessoas sem formação escolar, analfabetas, podem obter o registro de jornalista. Não sei se o STF tomou pé do nível de rebaixamento em que coloca o jornalismo no Brasil neste momento”.

Murillo lamentou a argumentação usada pelo presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, em seu voto: “O presidente do STF desrespeitou os jornalistas brasileiros, ao dizer que esta atividade tem a mesma dimensão da culinária e do corte e costura”. Ele foi o relator do recurso contra uma decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que tinha afirmado a necessidade do diploma, disse Murillo. “Não sei como orientar o posicionamento dos sindicatos”, mas ressalvou que, apesar do “golpe profundo”, a decisão do STF não foi uma “sentença de morte” para a organização profissional dos jornalistas.

É lamentável essa posição do STF, sem falar nos argumentos do Ministro Gilmar Mendes, que desrespeitou uma categoria profissional com formação acadêmica e vários anos de estudo.

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