sábado, 20 de junho de 2009

A MAIOR CENTRAL DE ABASTECIMENTO DO BRASIL (CEAGESP) COMEMORA OS SEUS 40 ANOS


O Carnaubaense Robsom Coringa, fala sobre os 40 anos da Ceagesp

Nos dicionários, oportunidade é definida como circunstância favorável para a realização de algo; é um ensejo. Já oportunismo, entre outras coisas, significa comportamento de quem subordina seus princípios a interesses momentâneos. Já fui definida como uma companhia de oportunidades. Continuo sendo. Ainda há muito por fazer. Por exemplo, necessito de recapeamento, postos de atendimento de saúde, saneamento básico, bibliotecas, incentivo à cultura, desenvolvimento tecnológico e educação de qualidade na área de abastecimento. Continuo um solo fértil para iniciativas empresariais, com demandas latentes à espera de quem as satisfaça. Entendo, a conjuntura é difícil, mas me impede de dizer que sou uma empresa economicamente viável e posso ser até estável, com população crescente e cuja distribuição de serviços oferecidos podem ser melhorados -fatores que incentivam as atividades produtivas. Convém lembrar, porém, que empresas competentes são aquelas que tiram partido das oportunidades de forma sustentável, pautando suas ações por uma visão de longo prazo. Iniciativas que visam o ganho fácil e imediato costumam ser efêmeras. Estou disponível para oportunidades que devem ser aproveitadas quando claramente se encaixam no foco de minha atuação. Alerto aos que me dirigem, aplicar dinheiro em pechinchas sem conexão com a atividade-fim pode ser uma temeridade, por maior que pareça o retorno prometido. Operações deste tipo só fazem sentido se resultarem em maior capacidade produtiva, ganhos de sinergia e melhores bens e serviços para os consumidores. Alerto ainda, que posso criar riquezas novas, não apenas reciclar a antiga, porque a atividade econômica precisa agregar valor à coletividade para legitimar-se socialmente.

Aproveitar oportunidades é uma coisa; outra, bem diversa, é agir de maneira oportunista. Lembro a esta Direção que organizações sérias optam pela primeira e evitam cuidadosamente a segunda. Lembro ainda, que bons negócios pedem intuição para serem percebidos e criatividade para serem cultivados. Vejam bem os senhores que dizem cuidar de mim, as companhias que usam bem as chances que surgem encaram desafios com bravura e têm ousadia para atuar em escala não apenas local, mas mundial. São essas as características das jovens multinacionais brasileiras que hoje operam com êxito em todo o planeta.

O bom dirigente é aquele que sabe usar a força das circunstâncias e que, além de não deixar escapar as oportunidades com que depara, também as cria. Não contempla o mundo, transforma-o. Cheguei aos 40 anos com o trabalho dos permissionários, com o esforço daqueles que são a parte essencial, daqueles que, se não existissem, não haveria comemoração dos esperados 40 anos.

E agora? Será que vou ter que passar mais quatro décadas para receber todos os cuidados necessários? Será que precisarei de tanto tempo assim para que percebam que eu preciso ser revitalizada e de mais vitalidade, força e vigor? Que preciso de gestores que me façam recuperar o grau de atividade e eficiência, que me deem um impulso ou estimulo de tornar-me novamente vívida. Nesses 40 anos adquiri muitas responsabilidades, abasteço 60% da cidade de São Paulo. Juntamente com os permissionários busco, todos os dias, produtos de 1476 municípios em diferentes estados e, em cada época, numa região diferente, para garantir o abatecimento brasileiro. Influencio em outros países, sou a terceira maior central de abastecimento do mundo. Será que nem por respeito a esses méritos, vão procurar melhorias para que meu nome seja pronunciado e traduzido como “Ordem e Progresso”?
José Robson Coringa Bezerra - Diretor Presidente - SINCAESP
Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário